Equipe desmotivada, um retrato de uma chefia incompetente
Imagine você que, em um país remoto, grande parte dos organismos públicos, com personalidades eivadas de ego e autoproteção, se transformaram através da ação diária comandada por ignóbeis travestidos com a seda da arrogância eficaz.
Esta é sorrateira, profanada em ambientes escusos. Nestes ambientes não há ouvidos, apenas digitais.
O grupo orquestrado maquina, organizando mais uma demissão daquele que possa oferecer risco a sua gestão, pois claramente possui atributos, a exemplo da dignidade, ausentes nele mesmo.
A equipe assiste atenta o engalfinhamento das partes, onde quem tem menos preparo mais uma vez cai, sangrando e agonizando pelo ataque de outrora.
Caídos, sentem-se ineficazes, blasfemam pelos cantos:
– Deus, será que merecia tal infortúnio?
Respirando! Tentando se reanimar diante da derrota.
Este é o retrato de algumas chefias na atualidade.
Há diversos disponíveis na web sobre problemas gerenciais que, de alguma forma, assolam grande parte dos órgãos de todas as esferas do poder público.
Alguns relatos dão conta que, neste caso, alguns deles conversam pelos cantos e destroem as pessoas dentro de outras pessoas com o único intuito de manter-se no cargo, não importando o custo… a ética.
Outros salientam que seu chefe não lidera, gera incerteza no crescimento profissional por merecimento e contribui com o caos produtivo, onde as entregas se tornam infrequentes e escassas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Michael Page 8 em cada 10 profissionais pedem demissão por conta da chefia, sendo que os três principais motivos dentre os inúmeros são:
- Sentimento que a chefia não lidera
- Falta de crescimento profissional
- Falta de feedback e desenvolvimento pessoal
1 – Sentimento que a chefia não lidera
Como você já deve ter escutado em muitos lugares e até de forma clichê no ambiente profissional é que nem todo chefe é naturalmente um líder e tal afirmação faz enorme sentido.
A chefia é exercida pela subordinação e compreendida com elevado grau de hierarquia e temeridade, razão pela qual pode proporcionar resultados desastrosos para a organização.
A liderança, entretanto, é em grande parte das vezes exercida pelo voluntariado… Isso quer dizer que voluntariamente o funcionário age pelo bem da companhia balizado pelo respeito ao exemplo do chefe, sem necessariamente temer punição ou a ordem que foi imputada.
2 – Falta de crescimento profissional
A possibilidade de crescimento profissional geralmente é o norte que baliza as relações de trabalho. Entretanto, alguns profissionais por não vislumbrarem tal opção tornam-se reféns de monotonia e desmotivação, razão pela qual optam por enfrentar, ainda que com maiores dificuldades, novos horizontes.
3 – Falta de feedback e crescimento profissional
A falta de feedback é tão ou mais nociva que os dois motivos anteriores. Nela a chefia designa tarefas e funções sem submeter as respostas sobre o desenvolvimento e até sobre a conclusão do serviço, informando se a entrega estava dentro do adequado ou acompanhando o desenvolvimento dela.
Muitos deles reclamam que o chefe não acompanhou o decorrer do processo de produção e no fim maldizem os trabalhos realizados.
Outro item importante é o crescimento profissional, onde alguns não participam de cursos ou especializações. Estes se sentem estagnados em um local indesejado.
A gestão complementar e saudável deve ser o objetivo de toda companhia, seja ela de gênero público ou privado, entretanto tal gestão tem sido combatida, em certos casos, por uma chefia incompetente, cheia de vaidades, com alto teor de ódio e com pitadas de autopreservação apocalíptica.
Isso tem feito com que diversos profissionais ao redor do mundo se sintam incapazes, infelizes e indignos do cargo que ocupam, indicando que a gestão profissional deve avançar para atender os anseios da população sempre levando em conta as possibilidades pessoais.
Texto: Renan Barbosa