Política

A imprensa seletiva e o Presidente da República

Nos últimos dias o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tem enfrentado grandes problemas referentes aos discursos adotados, tanto nas redes sociais quanto em encontro recente realizado com os fuzileiros navais.

Embora aquela postagem realizada no Twitter deva ser fortemente confrontada por todos aqueles que defendem o bom senso no exercício do maior cargo nacional, o recente discurso onde o chefe do executivo não merece tal holofote.

No twitter Bolsonaro evidenciou grande dificuldade em entender o nível do seu cargo. Este que não deve ser utilizado para criar mais divergências do que existem atualmente em nossa nação provocando embates fervorosos da oposição. Ele deveria, sim, adotar o direcionamento para a união entre todos aqueles que se viram afastados por correntes ideológicas, considerando que a campanha já terminou.

A ÚLTIMA FOGUEIRA

Em seu último discurso, porém, a imprensa criou uma narrativa que sequer existiu.

No encontro junto aos fuzileiros navais em Fortaleza (CE), Bolsonaro enfatizou a importância das forças armadas na manutenção da democracia “A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer”, enfatizou.

Sabidamente tal discurso clarifica a realidade existente em nossa nação. Nosso país vive uma “democracia” por conta da ação militar e forças institucionais que impediram a implementação de um novo regime ditatorial no Brasil.

Luís Inácio Lula, por exemplo, tinha interesse em realizar o seu terceiro mandato (nossa legislação atual permite somente uma recondução ao cargo eletivo).

De outra sorte, não fosse a rigidez da Câmara dos Deputados, arquivando o procedimento legislativo, o ex-presidente teria peremptoriamente assumido mais um mandato a frente do executivo e assim aberto portas para mais sucessões no poder.

Em uma sociedade civil desarmada, como é o caso do Brasil, as forças militares exercem papel fundamental na manutenção da democracia e se assim não fora seria contradito pelo seu próprio fundamento existencial.

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