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Coronavírus: a solução está nos supermercados… ao menos em Rondônia

Empresas já massacradas continuam fechadas, enquanto superlotação em supermercados e farmácias viram rotina.

Estamos envoltos em uma enorme trama. Foi elaborada, procura enganar alguns. Contudo, neste momento, devo parafrasear o grande roteirista e escritor Ariano Suassuna: “a mim ninguém me enrola”….. e complemento, essa história eu já vi.

Embora ineficaz, o “isolamento restrito” é uma espécie de engodo. Uma medida para inglês ver. E tal medida é o que menos precisamos em um momento de combate contra um inimigo mortal, o Coronavírus.

O Estado tenta se explicar….

Já a prefeitura de Porto Velho, silente quanto ao funcionamento do 0800, ao atendimento nas UPAS e na atenção à saúde básica, demonstrou, hoje, o poder de polícia, inerente a algumas secretarias. Tal força foi empregada fechando pequenos comércios… dos mais humildes, claro. Aqueles que não possuem escolha, mas que a prefeitura insiste em maltratar, como se contribuintes não fossem.

Pelo Governo do Estado os comerciantes açoitados são das decisões sendo que o Marcos Rocha cruza os braços literalmente, como fez em uma live recente.

Sopesar a balança para o lado do comércio já abastado é forçar a barra, beira a hipocrisia.

Um dos inúmeros vídeos pós lockdown que foi amplamente compartilhado na internet propõe um questionamento válido. Seria os supermercados livres do corona?

Confira o vídeo:

ESTAMOS SEM RUMO E COMANDO NA CIDADE, SÓ DEUS MESMO PRA NÓS AJUDAR.Veja o desabafo de uma comerciante de PVH.

Posted by Ronaldo Carriço on Monday, June 8, 2020

Tais comércios fluem, com preços cada vez mais elevados e como se não houvesse pandemia alguma.

Nesse sentido ambos, Hildon e Rocha, aparentam uma visão detalhista e enxergam somente com um dos olhos, sendo que apenas os pequenos comércios, do “joão das bananas” ou das “marias do vinte”, os chamam a atenção.

O Sars-COV-2 está dizimando vidas e atacando famílias, mas cá para nós, uma certeza irônica eu tenho: pela porta dos supermercados ele não entra…

Será que vidas poderiam ter sido salvas se o município cumprisse o seu papel de atenção à saúde básica executando testes, ampliando atendimento e melhorando a infraestrutura? Será que a atitude tardia do Estado surtirá algum efeito prático? Não sabemos; O que sentimos é a dor de quem perdeu seus entes queridos… Para esses não há sorriso que possa restaurar a felicidade em um momento tão difícil.

Renan Barbosa é BEL em Direito e Pós Graduando em Direito, Inovação e Start Ups.

O texto passou por edição para corrigir fluidez e dubiedade entre Estado e Município.

Imagem: Gazeta Digital

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