Insegurança: com pouco efetivo da PM nas ruas, caos é instaurado na Capital e no Estado
Não é de hoje que a segurança pública preocupa a população de Porto Velho, entretanto o problema se acentuou progressivamente nos últimos meses.
Veículos furtados em frente aos órgãos públicos, assaltos a mão armada, arrastão em paradas de ônibus e o tráfico de entorpecentes se alastram como se não houvesse a presença estatal.
De acordo com cálculos de probabilidade oferecidos pelo IBGE a população de Porto Velho é estimada em 519 mil pessoas em 2018. Porém, de acordo com fontes, nos horários de pico ficam disponíveis no máximo seis viaturas para atender toda essa população. Com um cálculo simples chegamos a média de aproximadamente um policial para cada 21 mil pessoas.
Os policiais que se encontram em serviço interno prejudicam ainda mais a prestação do serviço de acordo com especialistas da área.
Visando a resolução desse problema, tramita no congresso uma proposta para quantificar um efetivo mínimo a disposição da população.
A PROPOSTA DO SENADO FEDERAL
A proposição determina o mínimo de um policial em atividade para cada 300 habitantes. 70 vezes mais que o efetivo atual disponível per capita na pérola do madeira.
Para efetuar o cálculo pode ser conjugado a soma das forças policiais. Entrariam na soma a polícia civil e as forças militares.
O PLS 391/2015 está em análise na câmara de constituição e justiça (CCJ).
DADOS DA CRIMINALIDADE
Veículos
Porto Velho é a segunda capital do país onde ocorrem mais roubos e furtos de veículos de acordo com o 11º anuário da segurança pública.
Banho de sangue
Já no contexto Estadual, apenas em janeiro de 2019 ocorreram 48 mortes violentas.
Para se ter ideia do problema, em comparação com Estado de São Paulo, o Estado de Rondônia tem quase quatro vezes mais crimes violentos. Uma média de 2,63 mortes por 100 mil habitantes por mês.
Onde ocorre os crimes
De acordo com dados obtidos através de análise da polícia militar em 2018, os bairros onde mais ocorrem os crimes de furto, dano ao patrimônio e violência doméstica são, respectivamente, o Centro, Agenor de Carvalho, Embratel e o Socialista.
As mortes violentas, contudo, ocorrem com maior frequência na região leste da cidade, de acordo com agentes da segurança pública.
O QUE PENSA A POPULAÇÃO
Sem expectativa para mudanças nos índices de violência a população se protege como pode, mas mesmo assim reclamam da falta de presença do Estado.
Hítalo Tenório foi recentemente vítima da criminalidade, “estava com a minha moto na frente do CPA – centro político administrativo – e quando saí do expediente só restou a saudade”.
“A inteligência é um fator que deve ser analisado, deve haver planejamento. […] se der a sorte de achar o veículo, eles acham”, salienta.